segunda-feira, junho 27, 2005

Filhos da nação

Quem somos nós?
Abarcados na praia lusitana, esperando que a maré nos traga boas novas daqueles que partiram há muito, somos portugueses...
E esperamos...
Esperamos na agonia de quem desespera por um novo dia.
E gritas. Porquê?
Porque o mar ficou turvo e as gaivotas que voavam ja nao trazem a esperança de um novo dia.
Porque vês que o mundo não se tornou num mundo melhor. E porquê? Porque esperaste demasiado...

Quem és tu que esperas que a manhã venha solarenga e o que o teu olhar se perca na imensidão de um céu azul?

"Ninguém", diz Gil Vicente que por sinal diz ser o todo... O Todo que em nada pensa.
O todo que diz que pensar mata, a dor de pensar (FP).

Mas será que nao pensar ou deveremos culminar no acto de não pensar? talvez seja essa a dor do povo portugues... Uns governam, outros destroem e o povo portugues como célebre formiga trabalhadeira, cala e consente. (sim meu povo, tu que tanto ja lutaste encontraste cansado de o fazer)

Vês aquilo que provocas? Na minha Serra, minha tão amada serra (sintra) tu queimaste e destruiste. Tudo o que de mais puro havia foi destruido pela magnitude das chamas. E tu? tu o fizeste e tu o apagaste. Para quê? para poderes contruir monumentos do capitalismo e da ostentação ao pé do mar... para que "os senhores" possam fazer os seus campos de golfe e destriuir tudo o que de mais belo existe na Natureza: a simplicidade e a ingenuidade!
Dicotomia amor/ódio deverei dizer... "Quem nunca pecou que atire a pedra" e digo-te eu meu povo portuguÊs pois já nao tenho voz para gritar, que o mundo que tu sempre desejaste encontra-se a um palmo de distancia... Uma distancia tao curta quanto a tua vontade de ser e ficar melhor. TU, que te prendes com o momentaneo e ignoras as tuas futuras gerações! A ti confronto meu povo porque ainda não é impossivel salvar aquilo que destruiste...
O meu mundo perfeito, o meu sonho derradeiro...
Contigo conto meu povo português...

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