sexta-feira, setembro 16, 2005

Xeque Mate

Estou tão farta de escrever
Sobre tudo o que me importa...
E renego-me a ler
Mais do que a mente suporta.

É o choro, (este meu corpo)
Quem me lêsse o que diria?
"Foi feita num molde torto
Sobreviveu foi por magia."

Porque lágrimas não caem
Quem és tu? (misericordia!)
Meus medos à rua saem
Trazendo à tona discordia.

Não me entendem, não me entendem
Porque devo preocupar?
Só porque à noite suspendem
a vontade de lutar?

Sim (ah) desistem da vida,
De ver o sol a nascer.
Uma vida tão querida,
Começou para morrer.

É a guerra, destruição!
É o som da kalashnikov
Já morreu um batalhão,
Nem o choro os demove.

Sustem o final suspiro,
como força interior
Os curruptos, o delirio,
Tu matas-te com ardor!

A esperança não ta tiram
E deverás assim morrer!
Atrás Aliados miram,
Gelados do teu sofrer.

Têm medo (tu também).
Vê-se na sua branca tez.
Grita, chora pois tu és,
como peça de xadrez.

Sacrificarás peões,
Se um rei queres proteger,
(inspirado em foliões
com vontade de morrer).

E vais morrer pela pátria...
"Ah, ó morte fenomenal!"
Lembrarão de ti tal Esparta,
Não um homem, um animal.

Deste a vida, tua riqueza?
Por deuses tão poderosos?
Abdicaste da beleza
Por cabrões audaciosos...

Só o poder os movimenta,
A vontade, o suprimir...
E o dinheiro só fomenta
O esquecer de sorrir!

E então morrem contentes
Os tolos tão patriotas.
Moveram coragem ardente,
De que modo? Não importa.

Só invejo a coragem,
De sonhar sem uma barreira.
A beleza de uma vagem,
Acordada a noite inteira.

Sem comentários: